Danielle A. Santos
Central de Comunicação Renascidos em Pentecostes
Na manhã desta quinta-feira, 18, o Papa Francisco celebrou a Santa Missa na Casa Santa Marta enfatizando, em sua homilia, três formas de pobreza às quais o discípulo é chamado a experimentar: das riquezas, das perseguições e do abandono.
Papa Francisco em Missa na Casa Santa Marta - Vatican Media
1ª) Das riquezas: O Papa alertou para a necessidade do discípulo ter atitude de desapego diante dos bens materiais. “Se você quiser seguir o Senhor, escolha o caminho da pobreza e se tiver riquezas, que sejam para servir os outros, mas com o coração desapegado”, disse o pontífice.
2ª) Das perseguições: Francisco recordou um relato de um bispo presente no Sínodo para os jovens dizendo: “Ontem, na Sala do Sínodo, um bispo de um desses países onde há perseguição contou de um jovem católico levado por um grupo de rapazes que odiavam a Igreja, fundamentalistas; foi agredido e depois jogado dentro de uma cisterna, lançando lama até que chegou ao seu pescoço: ‘Diga pela última vez: você renuncia a Jesus Cristo?’ – ‘Não!’. Jogaram uma pedra e o mataram. Todos nós ouvimos isso. E não aconteceu nos primeiros séculos: é de dois meses atrás! É um exemplo. Mas quantos cristãos hoje sofrem as perseguições físicas: ‘Oh, ele blasfemou! Para a forca!’.”
Além disso, ainda salientou a calúnia, as fofocas como forma de perseguição: “A perseguição da calúnia, das fofocas e o cristão fica calado, tolera esta “pobreza”. Às vezes, é necessário se defender para não provocar escândalo… As pequenas perseguições no bairro, na paróquia… pequenas, mas são a prova: a prova de uma pobreza. É o segundo tipo de pobreza que o Senhor nos pede. O primeiro, deixar as riquezas, não ser apegado com o coração às riquezas; o segundo, receber humildemente as perseguições, tolerar as perseguições”.
3ª) Do abandono: O Papa cita como exemplo de abandono Paulo que, na Primeira Leitura de hoje se sente só, quando é julgado no tribunal. Após abandonar as riquezas do mundo e suportar as perseguições o Senhor também pode pedir àquele que O segue, “a solidão do fim”, segundo Francisco: “Penso no maior homem da humanidade, e esta qualificação vem da boca de Jesus: João Batista. O maior homem nascido de uma mulher. Grande pregador: as pessoas iam a ele para serem batizadas. Como foi o seu fim? Sozinho, no cárcere”. [...] Sem ir muito longe, muitas vezes nas casas para idosos onde vivem sacerdotes e religiosas que dedicaram suas vidas à pregação, eles se sentem sozinhos, sós com o Senhor: ninguém se lembra deles.
O Papa ainda relembrou a oração de Jesus na Cruz: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste”?
Finalizando a homilia, Francisco convidou os fiéis a rezarem por todos os discípulos, os que são chamados por Jesus, sacerdotes, religiosas, bispos, papas e leigos, “para que saibam percorrer o caminho da pobreza como o Senhor deseja”.
Fonte: vaticannews.va