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Família, Igreja e Sociedade.

Família, Igreja e Sociedade.

“Ouve, meu filho, a instrução de teu pai. Não desprezes o ensinamento de tua mãe. Isto será, pois, um diadema de graça para tua cabeça e um colar para teu pescoço.” (Provérbios 1;8-9)

A primeira comunidade que o ser humano participa é a família. É nela que aprendemos as lições básicas para o convívio social, a noção de partilha, de solidariedade, de responsabilidade e respeito mútuo; empatia, a mútua convivência, a fraternidade, o senso de hierarquia, a responsabilidade pelos próprios atos, o correto uso da liberdade, a disciplina, o amor, que se refletirão na vida em sociedade.

A Igreja tem grande preocupação com a instituição família, pois a família é determinante na sociedade, como base de evangelização. Tal preocupação remete-se às várias mudanças de valores, de ética e de educação moral e cívica causadoras de um desmantelo na sociedade.

O respeito em comunidade vai além da boa educação. Falamos de ética, de educação moral e cívica. Valores que deveríamos ter aprendido na família, e a falta deles provocam grandes estragos na sociedade; ou seja, uma família que omitiu na formação dos valores elementares, não formará cidadãos que saibam partilhar e respeitar e, dificilmente, aprenderão tais valores fora do convívio familiar. E, quem nunca teve limites em casa não saberá seu limite na sociedade. Vemos assim quão importante é a educação recebida dos pais para a formação de uma sociedade justa e igualitária, respeitosa e com parâmetros de convívio social.

A sociedade é o espelho refletindo aquilo que é a família. Quando vemos uma sociedade em que as pessoas não se respeitam mais, logo imaginamos que a família vai mal. Quando não se aprende em casa a respeitar um ao outro, dificilmente haverá respeito no convívio social.

A Igreja sempre deu enorme importância à família, tratando-a como “Igreja doméstica e santuário da vida”, porque ambas nos transmitem a Fé: “tal como uma mãe ensina os seus filhos a falar e, dessa forma, a compreender e a comunicar, a Igreja, nossa Mãe, ensina-nos a linguagem da fé, para nos introduzir na inteligência e na vida da fé” (C.I.C. n.171).

“A família é a base da sociedade e o lugar onde as pessoas aprendem pela primeira vez os valores que os guiarão durante toda a vida”, dizia São João Paulo II. O Papa Bento XVI, no Encontro Mundial das Famílias, em Valência, Espanha, afirmou que “esta é uma instituição insubstituível segundo os planos de Deus e cujo valor fundamental a Igreja não pode deixar de anunciar e promover, para que seja vivido sempre com sentido de responsabilidade e alegria”.

E o Papa Francisco recorda o quanto “é importante que os pais cultivem as práticas comuns de fé na família, que acompanhem o amadurecimento da fé dos filhos” (Carta Enc. Lumem Fidei, 53). E nos ensina a rezar assim: “Sagrada Família de Nazaré, tornai também as nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, escolas autênticas do Evangelho e pequenas Igrejas domésticas”.

Portanto, a Igreja com a missão de evangelizar não poderia negligenciar a família como base da sua evangelização, pois dela surgem novas missões. E, se preocupar com a família é cuidar do indivíduo e da sociedade, pois as outras coisas serão consequências.

Karla Regina Martins Moreira, professora da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, formada em Pedagogia – Séries Iniciais pela Universidade Católica de Brasília, pós-graduada em Neuropsicopedagogia Clínica pela Faculdade CENSUPEG em Santa Catarina, serva na Pastoral da MESCE da Paróquia São Pedro).




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