“A morte é um fato, uma herança e uma memória”, diz Papa
- Renascidos em Pentecostes
- 1 de fev. de 2018
- 2 min de leitura
Danielle Santos
Comunidade Renascidos em Pentecostes
Fonte: Vatican News
Na manhã dessa quinta-feira, 01/02, o Papa Francisco celebrou a Santa Missa na capela da Casa Santa Marta.
Diante da realidade da morte, o pontífice proferiu a sua homilia, sugerindo três pontos de reflexão: a morte é um fato, uma herança e uma memória.
Confira, agora, os principais trechos:
“Nós não somos nem eternos nem efêmeros: somos homens e mulheres, em caminho no tempo, tempo que começa e tempo que acaba.
A morte é um fato. Nós podemos pensar tantas coisas, inclusive, imaginar que somos eternos; mas o fato acontece. Cedo ou tarde, chega. É um fato que toca todos nós. Nós estamos em caminho e não ao léu, ou homens e mulheres num labirinto.
Mas existe a tentação do momento, que toma conta da vida e o leva a girar no momento deste labirinto egoísta do momento sem futuro, sempre ida e volta, ida e volta, não? E o caminho acaba na morte, todos sabemos disso. E, por isso, a Igreja sempre buscou refletir sobre este nosso fim: a morte.
'Eu não sou o dono do tempo', repetir isso ajuda, porque nos salva daquela ilusão do momento, de tomar a vida como uma cadeia de anéis de momentos, que não tem sentido. Estou em caminho e devo olhar avante.
Segundo: a herança. Eu vou embora e deixo uma herança. Não a do dinheiro, das propriedades, das posses, mas a herança do testemunho. Davi, por exemplo, deixou a herança da conversão, de adorar Deus antes de si mesmo depois de uma vida de pecados.
Quando pensamos num morto, sempre pensamos numa pessoa santa. Existem duas maneiras de canonizar as pessoas: na Praça São Pedro e nos funerais, porque se torna sempre um santo e porque não representa mais uma ameaça para nós. Mas, ao invés, devemos nos perguntar: Que herança eu deixarei como testemunho de vida? É uma bela pregunta a nos fazer. E, assim, nos preparar, porque todos nós, nenhum de nós permanecerá “de relíquia”. Não, todos percorreremos este caminho.
Terceiro: a memória. A morte é memória, uma memória antecipada para refletir: 'Mas quando eu morrer, o que eu gostaria de ter feito hoje nesta decisão que eu tenho que tomar hoje, no modo de viver de hoje'? É uma memória antecipada que ilumina o momento do hoje. Iluminar com o fato da morte as decisões que eu tenho que tomar todos os dias.
E, convidando os fiéis a lerem e refletirem sobre o capítulo II do Primeiro Livro dos Reis, o papa concluiu a homilia: “eu estou em caminho, o fato – eu morrerei -, qual será a herança que deixarei e como é importante para mim a luz, a memória antecipada da morte, sobre as decisões que devo tomar hoje. Fará bem a todos”.
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