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A INSTITUIÇÃO DA SAGRADA COMUNHÃO

Atualizado: 15 de abr. de 2022


“Quando ia celebrar com seus discípulos a ceia pascal onde instituiu o sacrifício do seu Corpo e Sangue, o Cristo Jesus, mandou preparar uma sala...”. Esta citação é parte do proêmio da Instrução Geral do Missal Romano.


Partindo desta primeira informação, somos instados a recorrer às sagradas escrituras a fim de conhecer melhor tudo que se refere à instituição deste Sacramento.


A Páscoa – ou pessach, em hebraico – existe desde que os israelitas chegaram à terra prometida. A festa é a rememoração da noite que o anjo da morte visitou e Egito e, encontrando os umbrais das portas dos hebreus marcados com o sangue do cordeiro, passou adiante matando todos os primogênitos; também dos anos que eles estiveram atravessando o deserto do Sinai. Foram anos de sofrimento, de mudanças e de muito aprendizado. A tradição é mantida até os dias atuais.


Em seu Evangelho, capítulo 6, versículos de 5-13, João relata que Jesus faz a multiplicação dos pães e dos peixes e todos se alimentaram a se fartar e ainda sobraram de doze cestos; no versículo 32 – do mesmo capítulo 6 - Jesus ao ser questionado sobre os pães, e referindo-se ao maná que seus pais comeram no deserto, falou-lhes que “...meu Pai é quem vos dá o verdadeiro pão do céu; 33porque o pão e Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo. 35“Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede”.


Todos os evangelistas fazem citações a respeito do “pão da vida” e da saciedade experimentada por quem dele comeu e, sobretudo evidenciam que o verdadeiro pão é o próprio Jesus.


Assim é que o evangelista Lucas no capítulo 22,7-20, descrevendo a ceia que precedia a paixão e morte do Senhor, relata que ao nascer do dia dos pães ázimos [aqui cabe informar que os pães ázimos são aqueles produzidos sem fermento; considerando que os hebreus, durante o êxodo, não tinham tempo para preparar a massa e aguardar sua levedura em razão da longa caminhada em direção à terra prometida] enviou Pedro e João para preparar o ambiente da ceia.


Jesus e seus discípulos chegando ao local já preparado para o “seder de pessach” (ou o jantar de Páscoa), se puseram lado a lado na mesa. Dirigindo-se a eles, falou que há muito desejava ardentemente comer aquela Páscoa com seus amigos antes que sofresse o suplício a que estava destinado.


Em Lucas, capítulo 22, versículos que vão de 17 a 20, lemos: 17“Pegando o cálice, deu graças e disse: Tomai este cálice e distribuí-o entre vós. 18Pois vos digo: já não tornarei a beber do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus”. 19Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho dizendo: “Isto é meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim”. 20Do mesmo modo tomou também o cálice, depois de cear, dizendo: “Este cálice é a Nova Aliança em meu sangue, que é derramado por vós”.


Eis a origem da Comunhão Eucarística. Eis aí a celebração da primeira missa.


Observemos a diferença entre a Páscoa judaica e a Páscoa cristã: enquanto os judeus fazem memória da noite da passagem do anjo da morte durante a décima praga, os cristãos relembram o sacrifício de Cristo e a ressurreição, significando Sua passagem da morte para a vida.


Durante a Celebração da Santa Missa, se realiza o sacrifício que Jesus instituiu na última ceia com seus discípulos. As palavras ditas pelo sacerdote e os atos (partir e repartir o pão) são os de Jesus; oferecendo seu Corpo e Sangue sob as espécies de pão e vinho. Assim se faz o memorial do Cristo, relembrando sua paixão, morte e ressurreição gloriosa e sua ascensão aos céus.


A Celebração Eucarística é a Ceia Pascal - o Ágape supremo. Corpo e sangue são recebidos por todos como alimento espiritual.


Importante é informar que este sacrifício que se realiza no altar é denominado “incruento” – porque não há derramamento de sangue – enquanto o sacrifício “cruento” se refere exatamente à morte de Jesus pela crucifixão.


Como uma última informação, o nome da cidade de Belém (Beit Lehem, em hebraico) na qual nasceu Jesus, se traduz como “a casa do pão”.




Do irmão em Cristo Jesus,

Zezo Silva



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