Também podemos dizer “Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo” e, é no século XIII que tem sua origem.
A comemoração foi instituída pelo Papa Urbano IV, com a publicação da Bula Transiturus de 8 de setembro do ano de 1264 e faz parte do calendário da Igreja Católica desde então.
Conta-se que Jacques Pantaléon, arcediago em Liège, na Bélgica – recebeu recomendações da freira agostiniana Juliana de Mont Cornillon que tivera visões de Cristo demonstrando desejo de que se celebrasse com destaque o mistério da Eucaristia.
No ano de 1264, já eleito Papa e tomando o nome de Urbano IV – desde 29 de agosto de 1261 - soube da ocorrência do milagre que ficou conhecido como “o Milagre de Bolsena”; durante a celebração, um sacerdote - cujo nome se perdeu nas brumas do tempo - no instante que partira a Sagrada Partícula, teria visto dela sair sangue que encharcou o corporal.
Naturalmente, o Papa ao saber deste ocorrido, ordenou que os objetos sagrados que estiveram em contato com o corporal fossem levados a Orvieto, onde estava sediada a corte papal.
Imensa era a procissão que acompanhava os objetos, ocorrida no dia 19 de junho, sendo recebida, solenemente, pelo Sumo Pontífice e levada para a Catedral de Santa Prisca. Foi esta a primeira procissão das que ainda hoje acontecem nessa festa. A festa de Corpus Christi é celebrada depois da Solenidade de Pentecostes e sessenta dias após o Domingo da Páscoa.
Tamanho é o esplendor desse acontecimento que se escolheu o canto “Lauda Sion” – composição de Santo Tomás de Aquino – como peça erudita cantada nas celebrações e procissões.
Todos sabemos que a Eucaristia é um do sete Sacramentos. Sua instituição se deu quando do acontecimento da última ceia entre Jesus e seus discípulos. Ao erguer o pão, Ele disse: “Este é o Meu Corpo que será dado por vós”; e, ainda: “isto é Meu Sangue que será derramado por vós; fazei isso em memória de mim” . Logo é mister de nós, cristãos devotos e piedosos, honrar tão sublime e ímpar acontecimento.