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“Nunca desanimem, porque a vitória é maior do que qualquer sofrimento”


Por Deuseni Farias da Silva

O meu testemunho é sobre a minha filha Alice. Após 12 anos de casamento, Deus nos deu a graça de ter uma filha. Tive uma gravidez aparentemente tranquila. A médica obstetra que acompanhou meu pré-natal disse que estava tudo tranquilo para o parto ocorrer até o dia 9 de fevereiro de 2015. No dia 25 de janeiro, data em que a igreja comemora a conversão do apóstolo Paulo, algo me incomodava. Era costume irmos às missas de domingo sempre à noite, mas nesse dia, senti vontade de ir pela manhã. Acordei meu esposo e convidei-o para irmos. Durante a missa, ao olhar para a imagem de Nossa Senhora de Fátima, minha santa de devoção, fiquei muito emocionada e me arrepiei toda.

Na ida para casa, senti uma cólica bem discreta, mas estava muito tranquila. Resolvi ir ao hospital. Tentei ligar diversas vezes para a minha médica, mas não consegui contato; no hospital soube que ela estava viajando. Então outro médico me atendeu e informou que eu já estava em trabalho de parto. Fiquei em observação a tarde toda e não evoluiu nada. Ele sugeriu uma cesariana e eu concordei; o parto ocorreu no domingo, 25 de janeiro, às 18h24.

Quando o médico abriu minha barriga, ele informou que minha filha estava em sofrimento, pois já havia mecônio e que o bebê poderia esperar no máximo até o dia seguinte, porque o liquido amniótico já estava quase seco. Alice nasceu 15 dias antes do previsto, graças a intercessão de Nossa Senhora. Minha recuperação foi um sucesso graças ao meu bom Deus. Tomava banho sozinha desde o primeiro dia, e a partir do terceiro dia já dava banho na Alice.

Após os quinze dias de resguardo, eu e meu esposo fizemos a inscrição para caminhada do Terceiro Elo da Com. RP. Fomos à primeira reunião, gostamos muito e senti que realmente era ali o nosso lugar. Porém, na semana da segunda reunião, quando Alice fez um mês de vida, começou a tossir e espirrar muito. A pediatra a principio disse que poderia ser uma reação alérgica e frisou ainda que bebês com 1 mês de vida não poderiam ser medicados. No dia seguinte ela estava com muita secreção, levei-a até a emergência do hospital, o pediatra que atendeu concluiu que poderia ser virose. Retornamos para casa, mas minha filha só piorava, estava rouca, com muita congestão nasal, chorava muito, mas sem forças, tinha muita falta de ar e não conseguia mamar.

Mãe de primeira viagem e sem experiência, senti em meu coração que deveria rezar impondo as mãos sobre ela. Convidei meu esposo, rezamos o terço em sua intenção, na sequencia o Oficio de Nossa Senhora, depois clamei a Deus que colocasse uma gota do seu sangue naquele momento sobre o sangue da minha filha e que agisse para sua recuperação.

Meu esposo foi trabalhar e fiquei sozinha com ela. Bateu um desespero tão grande e uma angustia em meu coração que comecei a chorar. Liguei para a pediatra dela que pediu que eu fosse até seu consultório com ela. Enquanto meu esposo não chegava do trabalho, senti em meu coração que deveria ascender as Velas de Pentecostes. Ascendi e clamei ao Pai, Filho e Espírito Santo pela vida da minha filha e que eu queria a cura dela naquele dia, pois eu não aguentava mais ir a médicos e ninguém encontrava o que minha filha tinha. Pedi ainda que Deus colocasse um médico abençoado por Ele. A médica ao atendê-la pediu um RX de emergência do pulmãozinho dela.

Antes que meu esposo chegasse com o exame, Deus tocou o coração daquela médica que resolveu encaminhar minha filha para a emergência da pediatria infantil para internação, pois necessitava de cuidados especiais. Quando chegamos à emergência, demorou mais de uma hora para que ela fosse atendida, mas Deus já havia acalmado meu coração e providenciado um pediatra abençoado, que ao ler o relatório e examiná-la, determinou que colocasse oxigênio na Alice, e começou a aplicar bronco dilatadores.

O laboratório foi muito rápido para colher o material para exames, mas ela corria risco de ir para UTI, pois não reagia e talvez tivesse que ser transferida para outro hospital devido a gravidade em que se encontrava. Naquele instante, Alice chorava em desespero, vomitava como pessoa adulta e eu só chorava segurando-a para que alguma veinha em seu braço fosse localizada.

Alice antes mamava de uma em uma hora. Mas naquela noite ela não acordou para mamar, e também não mexia, não abria os olhos. Estava praticamente morta, e a setinha do aparelho que estava ligado nela só mostrava uma setinha vermelha de cabeça para baixo, simbolizando que ela podia apagar a qualquer instante. O enfermeiro pediu que a mantivéssemos acordada, pois assim sua oxigenação melhorava um pouquinho, mas era em vão. Sem que soubéssemos, as duas madrinhas que escolhemos para Alice, também haviam ascendido as Velas de Pentecostes na sua intenção.

Ao amanhecer, o médico que a recebeu naquela noite pediu sua internação. Ela ficou sete dias naquele hospital. Nesse período, passou a data que havíamos marcado seu batismo. Mas graças a Deus não demorou muito e conseguimos batiza-la. Durante o tempo que Alice esteve internada, foi constatado que ela estava com bronquiolite e pneumonia. Como ela tinha muita secreção, não conseguia respirar e mamar ao mesmo tempo, então não mamava. Depois os brônquios foram fechando, ela não conseguia respirar e como só tinha um mês de vida, o quadro ficou gravíssimo, estava desesperador, ela não morreu pela misericórdia de Deus e pelo poder das Velas de Pentecostes.

No dia seguinte da sua internação, algumas pessoas em oração começaram a ligar, pessoas que eu nunca vi e até hoje não conheço. Umas diziam: não tema, Deus está no controle; outros: em oração por você Deus mostrava muitas setas contrarias em sua vida. Alguém fez algo para te matar, como você é uma pessoa de oração, não conseguiram te atingir, mas atingiram a sua filha, mas Deus quebrou todas as correntes malignas. Não temas mais.

Após os dias no hospital, Alice recebeu alta. Passaram três dias ela piorou novamente. Voltamos para o hospital e foi constatado que ela não tinha recuperado da pneumonia. Mas na idade dela não era recomendado nenhum tipo de antibiótico, mas devido seu quadro, não restava outra alternativa. Foi prescrito um antibiótico violento, ela com um mês de vida. O uso desse medicamento desencadeou muitas dores abdominais e diarreias, deixando seu intestino muito sensível. Além disso, a diarreia era muito ácida, o que causou muitas assaduras, deixando na carne viva. Ela chorava dia e noite, era desesperador. Antes de melhorar as assaduras ela teve icterícia, eu já estava tão abalada emocionalmente que eu não suportava mais ouvir seus choros, doía profundamente em minha alma e meu coração.

Antes de melhorar por completo, ela teve uma crise alérgica e foi necessário novamente o uso de bronquodilatadores, antialérgicos, nebulização e outros. Novamente ela teve assaduras serias e o sofrimento continuava. Eu pedia perdão a Deus por não ter forças para rezar.

Diante de tantas crises alérgicas da Alice, procuramos uma pediatra especialista em alergia, a médica pediu uma bateria de exames, dentre eles de urina e para nossa surpresa Alice tinha rinite, conjuntivite alérgica, além de alergia a inúmeros alimentos e uma enorme infecção urinaria. Lá veio mais antibióticos. Terminaram os 10 dias de medicação e repetiam o exame, a infecção permanecia, Alice teria de tomar antibióticos pela terceira vez para combater a bactéria. Depois de tantos médicos diferentes, Deus colocou um médico em nosso caminho que descobriu que Alice tinha Refluxo Gastresofágico, dos mais severos.

Três meses se passaram e a medicação não fazia efeito, o tratamento dela teve que ser um pouco diferenciado para começar ter resposta. Mas Deus é tão misericordioso que apesar de tudo, não permitiu que meu leite secasse, muito pelo contrario, permitiu que eu doasse ao banco de leite em torno de 1,5 litro por semana para ajudar outras crianças prematuras e que estavam em UTI.

Alice ainda tentando se recuperar, minha coluna travou que eu não consegui pegar minha filha no colo para amamentar. A pediatra dela informou que eu não poderia usar nenhuma medicação porque tudo iria para o leite e Alice já usava muita medicação. Eu teria que fazer apenas fisioterapia. Pois bem, Alice começou a vomitar tudo que comia, inclusive meu leite quando mamava, e com isso perdeu muito peso. Foi então que levei em uma segunda médica alergista que descobriu que ela tinha também esofagite eosinofílica, ou seja, além das tantas medicações que já usava mais medicação foram acrescentadas.

Meu leite passou a ser veneno, era só Alice mamar começava a vomitar sem parar. Alice passava 24 horas sem dormir, sentia dores, os pediatras diziam: isso não está certo, bebê da idade dela tem que dormir ao menos 14 horas por dia. Ela parecia ter medo de dormir. Enfim, Alice teve três infecções de urina, meu leite secou de um dia para o outro, ela teve que ser desmamada aos sete meses e começou usar uma formula especial caríssima por ser alérgica a leite. Além de mais ou menos 17 tipos de medicação.

Hoje ela continua o tratamento para Refluxo Gastresofágico, esofagite eosinofílica, restrição a diversos alimentos e ambientes, além de tratamento preventivo para infecção de urina. Alice foi salva pelas Velas de Pentecostes e junto foi iniciado seu processo de libertação, creio ainda que será curada em breve, em nome de Jesus! Mesmo com tantas batalhas, o que importa é que ela está viva, perfeita, sorridente e que ama rezar o terço. É só iniciar uma Ave-Maria que ela sorri o tempo todo, filhinha consagrada a Nossa Senhora. O objetivo desse testemunho é falar da importância das Velas de Pentecostes e do milagre que aconteceu na vida da minha filha e na nossa. Mostrar para as pessoas que quando você crê em Jesus Cristo, as provações aparecem, mas permanecemos fortes porque Deus renova as nossas forças.

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