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Mamãe e bebê: emoções compartilhadas


Por equipe da coluna

 

Dois corações juntinhos num só corpo, duas almas que cabem num mesmo lugar. Dádiva de Deus ser mãe e poder gerar um filho. O ventre materno, lugar de construção de um novo ser. É comprovado que desde sua primeira semana de vida, a criança é um ser existente. Não apenas um embrião ou feto que vai se tornar, passivamente um bebê. Antes de vir ao mundo, esse ser passa por sensações, aprendizados e experiências. Seu mundo interno começa a se constituir ainda dentro do útero e o mundo externo terá grande influência no seu psiquismo na vida após o seu nascimento.

Desde o momento da concepção ele recebe estímulos. É pelo cordão umbilical que surge a inter-relação física e emocional entre mãe e filho, portanto os primeiros contatos com o meio externo são através das reações emocionais da mãe, frente ao que ela pensa, sente e vivencia. Tudo o que a mãe sente e vivencia é passado para o bebê e é responsável pela formação dele. Wilheim (1997) afirma que é no período pré-natal que se inicia a capacidade de aprendizado do bebê e explica que mesmo antes de nascer, o bebê já é um ser inteligente e sensível.

Com isso, alterações neurais, hormonais e humorais da mãe, devido a alguma perturbação emocional, são levadas ao feto pelo cordão umbilical agindo diretamente no seu estado emocional, registrando assim marcas em seu psiquismo que serão decisivas na sua formação psicoemocional. A psicanálise tem flagrado evidências de registros traumáticos pertencentes ao período pré-natal e ao nascimento; e que traumas durante a vivência pré-natal podem resultar em futuras psicopatologias*. Sabe-se que os estresses vivenciados pela mãe podem ter consequências diretas sobre o feto. Segundo Souza-Dias (1996), “as investigações feitas através das observações ultrassonográficas mostram-nos que fator de importante interferência na vida fetal é o stress da gestante, poderoso estímulo desencadeante de sofrimento fetal. A sua intensidade e a sua duração, se crônico ou agudo, são fatores que marcam profundamente o feto e o predispõem às angústias já na vida pré-natal e que podem reaparecer na vida pós-natal”.

Para o desenvolvimento emocional do bebê é fundamental o vínculo afetivo entre a mãe e o bebê. A mãe precisa entrar no mundo do bebê, conversando, porque mesmo que ele não saiba o significado, ele colhe os estímulos nervosos e reage com eles. Tudo que a mãe sente influencia na formação de seu bebê e o vínculo entre pai, mãe e bebê exercem grandes influências sobre o feto. O equilíbrio dessa relação é que garantirá um desenvolvimento saudável. O feto é capaz de diferenciar a voz da mãe frente a outras vozes. Quando a mãe conversa com o bebê contribui para o inicio do aprendizado da linguagem; construir esse vínculo desde a concepção indicará a ele que é amado, aceito e querido. Mais tarde na vida fora do útero, ao conversar, cuidar, dar banho, zelar de suas necessidades, formará uma criança e um futuro adulto com autoconfiança, que no mundo será mais seguro, porque foi acolhido em suas necessidades.

A negação contínua da gestação marca a história dessa criança, como alguém que não foi bem acolhida.

As expectativas da mãe em relação ao futuro bebê originam-se de seu próprio mundo interno, de suas relações passadas e de suas necessidades conscientes e inconscientes relacionadas ao feto e à gestação. Esses investimentos iniciais são fundamentais para a futura relação pais-bebê e para estruturação da personalidade do indivíduo (Piccinini, Gomes, Moreira & Lopes, 2004; Prado et al., 2008).

Ter um filho programado é de extrema importância, pois ali a família se prepara para a chegada do bebê. No entanto, muitas vezes o bebê pode vir repentinamente, sem programação, mas isso não impede de ter um relacionamento e cultivar afeto, carinho e cuidado pelo bebê. As adversidades não podem interferir no amor que está sendo construído no decorrer da gestação.

Cultivar seu relacionamento com Deus ajudará a ter uma vida de oração e lhe trará mais equilíbrio diante das dificuldades que aparecem durante a gravidez. Confiar que Deus cuida de nós a todo instante e se propor que diante desse presente que Ele, o Altíssimo, lhe enviou, traz uma responsabilidade com a felicidade de sua criança. Isso não quer dizer que não virão sofrimentos, sabemos que vivemos num vale de lágrimas como recitamos na Salve Rainha. Aqui há o pecado e onde tem o pecado haverá o sofrimento, mas não podemos esquecer que o Céu começa aqui também e que é nossa decisão construir o céu aqui na terra.

Que Maria, a maior educadora da história conduza nossos passos. Que ela nos ensine a gerar Jesus Cristo em nós.

Oração para Gestantes

Ó Deus eterno, Pai de infinita bondade, que instituístes o casamento para propagar o gênero humano e povoar o Céu, e destinastes principalmente o nosso sexo para essa tarefa, querendo que nossa fecundidade fosse uma das marcas de vossa benção sobre nós, eu me prosterno, suplicante, diante de Vossa Majestade, que eu adoro.

Eu Vos dou graças pela criança que eu levo, à qual Vós destes o ser. Senhor, estendei a Vossa mão e completai a obra que Vós começastes: que Vossa Providência leve comigo, por meio de uma contínua assistência, a frágil criatura que Vós me confiastes, até a hora de sua chegada ao mundo. Nesse momento, ó Deus de minha vida, assisti-me e sustentai minha fraqueza com Vossa mão poderosa. Recebei então Vós mesmos meu filho e guardai-o até que ele tenha entrado, pelo batismo, no seio da Igreja Vossa Esposa, a fim de que ele Vos pertença pelo duplo título da Criação e da Redenção.

Ó Salvador de minha alma, que durante Vossa vida mortal tanto amastes as crianças e tantas vezes as tomastes nos braços, tomai também a minha, a fim de que tendo a Vós por Pai, e Vos chamando seu Pai, ela santifique o Vosso nome e participe de Vosso Reino. Eu Vo-la consagro de todo o meu coração, ó meu Salvador, e a entrego a Vosso amor.

Vossa justiça submeteu Eva e todas as mulheres que nascem dela as grandes dores; eu aceito, Senhor, todos os sofrimentos que vós me destinais nessa ocasião e Vos suplico humildemente, pela santa e feliz concepção de Vossa Mãe Imaculada, que me sejais benigno no momento de dar à luz meu filho, abençoando a mim e a essa criança que Vós me dareis, bem como concedendo-me o

Vosso amor e uma inteira confiança em Vossa bondade.

E Vós, bem-aventurada Virgem, Santíssima Mãe de nosso Salvador, honra e glória de nosso sexo, intercedei junto a Vosso Divino Filho a fim de que ele atenda, em sua misericórdia, a minha humilde oração.

Eu Vo-lo peço, ó mais amável das criaturas, pelo amor virginal que tivestes por José, vosso santo esposo, e pelos méritos infinitos do nascimento de vosso Divino Filho. Ó Santos Anjos que sois encarregados de velar por mim e por meu filho, protegei-nos e conduzi-nos a fim de que, pela vossa assistência, possamos um dia chegar à glória da qual vós já gozais, e louvar convosco nosso Senhor comum, que vive e reina por todos os séculos dos séculos. Amém.

São Francisco de Sales

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