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Para erradicar pobreza deve acabar antes com os conflitos, diz arcebispo


Quarta-feira, 08 de fevereiro de 2017

Por Rosilda Oliveira, com Rádio Vaticano

 

O Arcebispo filipino Dom Bernardito Auza, Observador Permanente da Santa Sé ante as Nações Unidas falou dos grandes desafios mundiais na 55ª sessão da Comissão para o Desenvolvimento Social sobre o tema “Estratégias para erradicar a pobreza e alcançar um desenvolvimento sustentável para todos”.

Foto internet

“A pobreza não pode ser enfrentada exclusivamente com categorias econômicas, mas em todas as suas dimensões sociais para garantir a todo ser humano realizar-se dignamente e num ambiente salutar”, afirmou Auza.

“Assim como a paz, a eliminação da pobreza não pode ser considerada meta alcançada uma vez por todas, mas deve ser continuamente construída”, explicou o arcebispo filipino.

Trata-se do “maior desafio global”, evidenciou dom Bernardito que, citando o Papa Francisco, indicou a união de esforços de cada indivíduo e da sociedade em seu conjunto como único caminho para alcançar “a virtude ativa da paz”. Efetivamente, o objetivo é alcançar, ao mesmo tempo, “progresso civil e desenvolvimento econômico”.

Infelizmente, permanecem no mundo desigualdades sociais. Dom Auza ressalta que para muitas pessoas a paz é dada por certo e considerada um direito adquirido, enquanto para outras, tantas outras, a paz permanece um sonho distante.

Recordam-se milhões de homens e mulheres que vivem diariamente conflitos, “alimentados pela violência insensata, ódio e medo”, mas também aqueles lugares que, antes considerados seguros, tornaram-se menos estáveis devido à falta de oportunidades e crescentes tensões sociais.

Para o representante vaticano, se quiser erradicar a pobreza e conseguir uma paz duradoura, deve ser prioritária a vontade de acabar com os conflitos, principais causas das migrações forçadas e dos deslocamentos de massa das populações.

São necessárias políticas e investimentos concretos: Dom Auza pede, por exemplo, que sejam implementados os esforços para oferecer aos jovens instrução, emprego e oportunidades que lhes permitam dar uma contribuição significativa à sociedade, à construção da paz e para assim não tornar-se presas de ideologias extremistas.

O prelado exorta a que se dê atenção aos “marginalizados pela sociedade”, como os anciãos que “contribuíram para a riqueza econômica e continuam gerando riqueza social com sua experiência e conhecimento”.

Papel crucial da família: verdadeiro amortecedor social, ela deve ser ajudada com políticas fiscais afins, recomenda Dom Auza.

Por fim, o delegado da Santa Sé expressa a convicção de que “o desenvolvimento sustentável para todos deveria contemplar migrantes, deslocados e refugiados. Não somente devemos respeitar o direito de toda pessoa a migrar, mas também cooperar”. Por uma plena integração nos países de acolhimento.

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