“O Batismo é um sinal visível da realidade oculta da salvação”; de acordo com o Catecismo da Igreja Católica, inciso 774. A Igreja ensina a respeito de todos os sacramentos; nesse caso, o sacramento mostra visívelmente pelo sinal da água, que é derramada sobre a criatura. Por meio dessa graça, a pessoa se torna filho ou filha de Deus.
Batizai em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo
No início da Igreja, os apóstolos obedeceram ao mandato do Senhor: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19). No livro dos Atos dos Apóstolos, vemos que eles foram testemunhas do principal evento da humanidade: a Morte de Jesus por amor ao homem e Sua Ressurreição.
Os apóstolos anunciavam o Cristo, e aqueles que aderiam a Ele eram batizados. “Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado” (Mc 16,16). Quando Pedro anunciou Jesus para a família de Cornélio, este e toda sua família foram batizados. Ora, será que só havia adultos na família? Quando o carcereiro fez uma experiência de Deus, o que Paulo disse a ele? “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, como também todos os de tua casa”; depois, completou o autor dos Atos dos Apóstolos: “E, imediatamente, foi batizado, junto com todos os seus familiares (cf. Atos 16,31-33). Será que as crianças não faziam parte da família?
Jesus sempre quis bem às crianças. “Trouxeram-lhe também criancinhas, para que ele as tocasse. Vendo isso, os discípulos as repreendiam. Jesus, porém, chamou-as e disse: ‘Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se parecem com elas. Em verdade vos declaro: quem não receber o Reino de Deus como uma criancinha, nele não entrará’” (Lc 18,15-17).
Podemos constatar que há batismo de crianças no tempo da Igreja primitiva, pois Jesus quer bem a elas. Se ganho algo bom, quero partilhar com os meus. Os adultos fizeram uma experiência com Jesus Salvador e foram batizados e conquistaram esse sacramento também para os seus filhos.
A razão teológica pela qual a Igreja batiza crianças é que o Batismo não é como uma matrícula em um clube, mas é um renascer para a vida nova de filhos de Deus, que acontece mesmo que a criança não tome conhecimento do fato.
Este renascer da criança a faz herdeira de Deus. A partir do momento do Batismo a graça trabalha em seu coração (cf. 1 Jo 3,9), como um princípio sobrenatural. Elas não podem professar a fé, mas são batizadas a pedido dos pais pela nesse sacramento.
Santo Agostinho explicava bem isso:
“As crianças são apresentadas para receber a graça espiritual, não tanto por aqueles que as levam nos braços (embora, também por eles, se são bons fiéis), mas, sobretudo pela sociedade espiritual dos santos e dos fiéis”.
“É a Mãe Igreja toda, que está presente nos seus santos, a agir, pois é ela inteira que os gera a todos e a cada um” (Epist. 98,5).
Nenhum pai espera o filho chegar à idade adulta para pergunta-lhe se quer ser educado, ir para a escola, tomar as vacinas.
Da mesma forma deve proceder com os valores espirituais. Se amanhã, essa criança rejeitar o seu Batismo, na idade adulta, o mal lhe será menor, de modo que, se na idade adulta renegasse os estudos ou as vacinas que os pais lhe propiciaram na infância.
Pastoral do Batismo Paróquia São Pedro