A Pandemia ocasionada pelo Coronavírus que traz a terrível doença Covid-19 vem ceifando a vida de milhares de pessoas, coloca em pânico o mundo inteiro, afasta as pessoas e impede o livre direito de ir e vir do cidadão. A doença impede o relacionamento entre as pessoas, seja no âmbito social, familiar e empresarial.
Assim como Jesus Cristo ordena a Lázaro que saia do túmulo, quando todos aceitavam a sua morte, após esta Pandemia quem devemos ser ? Que atitudes podemos ter que outrora não tínhamos ? O que Deus espera de nós ? Quais posturas tomaremos quando tudo voltar ao normal ? Como ficarão as relações interpessoais atualmente proibidas ?
Jesus Cristo tirou Lázaro da escuridão, da morte, quando tudo já estava dado como perdido. Jesus, com sua infinita bondade e misericórdia, trouxe àquele homem a vida, a luz, o inigualável prazer de viver, de sentir o mundo ao seu redor e agradecer a cada dia pelo dom da vida.
Certamente podemos e devemos ser pessoas melhores, gentis e agradáveis a todos que nos cercam, que tenhamos bom humor, que sejamos mais educados, mais receptivos, que pratiquemos o amor, o perdão, a caridade, e que nossa alma esteja leve e que levemos boas novas por onde passarmos, e que o otimismo impere.
Quando a “tempestade” passar, que sejamos realmente cristãos comprometidos com a igreja, que sejamos mais atenciosos com os idosos, que a relação familiar seja cada vez mais forte e que o amor para com o próximo seja o nosso propósito, o nosso objetivo e que saibamos que Deus está no comando de tudo e, que desta forma, o amanhã a Ele pertence.
Que sejamos agradáveis às pessoas estranhas e com os familiares, tão agradáveis ao ponto de fazermos falta e deixar no coração deles a sensação de saudade quando não estivermos por perto. Que a nossa simpatia aflore aos quatro cantos do mundo e que tenhamos a consciência de que não somos donos da verdade.
A reclusão em nossos lares nos aproximou dos filhos, dos avós que conosco habitam e nos fez aprender que tudo não se resume a trabalho e que existem maravilhas ao nosso redor que nos fazem mais felizes, que nos acrescentam, que nos fazem seres humanos repletos de energia e amor.
Além destas práticas interpessoais, não nos esqueçamos de que, na qualidade de cristãos, nunca nos falte a fé e o perdão, conforme a passagem bíblica Marcos 4:40 “Como sois medrosos! Ainda não tendes fé"? e Mateus 18:21-22 (...) "Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?" Jesus respondeu: "Eu digo a você: Não até sete, mas até setenta vezes sete.”
Por fim, que sejamos o cristão que tanto Jesus Cristo, praticando a caridade, humildade e amor ao próximo, que exaltemos o SER e não o TER, e, sobretudo, que espalhemos com alegria e entusiasmo a palavra de Deus.
Por * Rosene Carla Barreto Cunha Castro*
Advogada e membro da Pastoral Familiar da Paróquia São Pedro.
