Celebramos neste dia, com toda a Santa Igreja, duas mártires dos anos 203, que assumiram e professaram sua fé em Jesus Cristo até a morte.
Felicidade era escrava e estava grávida de oito meses. Já Perpétua, uma jovem e de posição social considerável, tinha uma criança de peito. Ambas foram presas em uma perseguição contra os cristãos, ocorrida em Cartago. A história relata que as duas receberam o sacramento do batismo na prisão.
No dia do interrogatório, ambas confessaram abertamente a fé e foram condenadas a serem lançadas às feras no aniversário do imperador Geta. Em seu diário, Perpétua relata uma visão em que lhe apareceu seu irmão Dinócrates, ao sair do Purgatório graças às suas orações, e outra em que lhe foi prometida a assistência divina no último combate.
Felicidade deu à luz três dias antes dos espetáculos públicos, nos quais aconteceria sua morte. Ao gritar, com a intensidade das dores do parto, um dos carcereiros disse-lhe: “Se tu te lamentas já dessa maneira, que será quando fores lançada às feras?”. E ela respondeu: "Agora sou fraca porque sofre a minha pobre natureza. Mas quando chegar o martírio a graça de Deus me acompanhará, e me encherá de força".
No dia de seu martírio, Perpétua e Felicidade entraram no anfiteatro, com firmeza e alegria no coração. Envolveram-nas numa rede e entregaram-nas à fúria de uma vaca. Abraçaram-se então pela última vez. Logo, Felicidade recebeu o golpe de misericórdia, mas Perpétua caiu nas mãos de um gladiador trêmulo, que falhou o golpe, tendo, ela mesma, que direcionar a mão do homem em direção ao seu pescoço.
Com total retidão de atos e pensamentos, peçamos, na intercessão das Santas Felicidade e Perpétua, a coragem para assumir a nossa fé em Jesus Cristo, até o derradeiro momento. Que nada e nem ninguém possa nos amedrontar ou impedir-nos de anunciar e assumir, com o nosso testemunho, que somos filhos de Deus, salvos e remidos, pelo sacrifício maior de Seu Filho.